domingo, 29 de maio de 2011
Troca-troca na Rua da Cultura
Antonia Pereira
Dramaturga, atriz e coordenadora do projeto Trilogia Memórias
terça-feira, 24 de maio de 2011
Carta à Cia. Estupor de Teatro
Foi uma sensação maravilhosa. Estranha. Antes, sem tocar nos méritos do espetáculo, amigos. Queridos. Saudades. Bom vê-los. Em cena. Encena? Tocá-los, abraçá-los, beijá-los, ouvi-los repetir os mesmos textos. Pretextos e subtextos. Vê-los em novos cortes de cabelo, cenários, medidas, figurinos. Vê-los de óculos, de franja, esbranquiçados, bonitos. Cansados, preocupados, tensos, bem ou mal humorados. Tê-los. Comigo, conosco. Em nossa nova casa. Nós, de casa nova. Eu a tentava reconhecer e ela me acolhia, mais uma vez. E eu a recebia, sempre.
Apeguei-me ao desapego. E vi, como um espectador comum que eu não era, o fruto, o produto, o trabalho que ajudei a construir. Aplausos. Aplausos? O espetáculo começou. Lindo. Panelas, paredes tecidas. Não cabe? Coube porque se soube trazer, fazer. Aplausos. Acabou. O primeiro. Diferente. Quase indiferente. Bem deferente.
Sorrisos de um sentimento de pretensa impertença. Se já não narro mais pelas significações, a memória me faz sentir, lembrar. Nos olhos, a morte para quem acredita, e viu, ser o passo para uma nova vida. Eu vi a hora de uma outra mãe te dar a luz. A memória ferida. A sua história. A minha história. E lá, na outra margem, eles acenavam para mim dizendo: obrigada... você também está aqui... então, o que achou?...
Achei a história narrada. Alteridade. Resgate, pela memória do esquecimento impossível quando se lembra através dos sentidos, do sentir.
Sim, são pessoas de teatro, do teatro. De apertar parafusos, esquecer textos, emocionar, perscrutar bilheteria, distanciar, fazer planos, projetos. Felizes, ainda, Aracaju, Recife, Porto Alegre, Curitiba. Receberão, com certeza, a nata da alma de quem ama, o profissional amador. Salvador. Estupor.
Carol Vieira
Fortaleza, 20 de maio de 2011
terça-feira, 10 de maio de 2011
Memórias, pelos atores
Memórias resignifica a vida numa poética que nos evoca um profundo encantamento... É uma realização estar aqui contando, vivendo, construindo esta história.
Sibelle Lélis
Atriz
A participação neste projeto é sem dúvida um grande aprendizado para mim. Posso afirmar o quanto é significativo poder, através da arte, pensar sobre a vida, rever certos posicionamentos, construir através de outras a minha própria história e dividir com pessoas tão diferentes todas essas vivências. É um grito que faz barulho e faz lembrar que somos capazes de lutar para construirmos nossas histórias.
Taiana Lemos
Atriz
Um projeto grandioso, desafiador, que foi encarado com a simplicidade do trabalho, da labuta, do exercício. A isso atribuo seu sucesso e por isso me sinto orgulhosa por fazer parte dessa equipe.
Iara Villaça
Atriz
“Eu estou muito feliz de ter te encontrado aqui, nessa circunstância, onde agente pôde se falar”
Bernardo D'el Rey
Ator
Karina de Faria
Atriz
“Trabalhar como atriz num processo de criação que prevê a montagem de um espetáculo exige sempre uma grande doação. De energia física, intelectual, emotiva e por vezes astral. No caso de uma trilogia, essa doação é ainda mais delicada e intensa, porque, sabe-se, há uma incompletude necessária a cada história e ao mesmo tempo uma busca pelo sentido de cada uma delas.
Mas “elas” são uma só, ou três dimensões de um caminho que já é, em si, tridimensional... como a vida de todos nós. A Memória Ferida, primeiro espetáculo em processo de montagem, traz para mim o desafio de uma atuação em “dois tempos”. Um, o agora, reflete uma calmaria que o Outro, o ontem, insiste em ameaçar. Trata-se de uma tensão ora aparente, ora transparente, mas sempre pulsante! Como pulsante é o texto de Dinah Pereira e o processo de criação, recheado de heterogeneidades humanas, entre elenco, diretor, equipe técnica e de produção... Eis que me sinto uma operária dos sentidos... uma poetisa do labor...
"Tem mais verdades. Outras verdades. Muitas verdades."
Gil Texeira
Ator
sábado, 7 de maio de 2011
Trilogia Memórias inicia turnê em Fortaleza!
Capital cearense é a primeira cidade a receber as peças dramática que unem ficção e realidade, entrelaçadas à tragédia social de uma América Latina dominada por ditaduras militares. Cada uma conta, independentemente, recortes de uma história de mãe e filha, que os laços de vida deveriam unir, mas que o destino separou. Os três espetáculos - um deles encenado num hospital - reconstituem a História a partir de diversos pontos de vista, de trajetórias pessoais e de diferentes personagens. A Memória Ferida (que conquistou o Prêmio Braskem de Teatro de 2009 como melhor texto), A Morte nos Olhos e Na Outra Margem, com textos assinados por Dinah Pereira, são três novas montagens que resultam de uma pesquisa dramatúrgica e cênica ancorada nas diversas possibilidades da narrativa como instrumento de reconstrução do passado e ressignificação do presente.Trilogia Memórias - Um grito contra o silêncio e o esquecimento: uma forma de compreender o outro e de atribuir sentido à experiência vivida. Três tentativas de explicar o que só o destino explica.
A Memória Ferida
Local: Teatro SESC Iracema
Data: 14/05
Horário: 20h
Ingresso: R$ 10,00 (inteira) e 5,00 (meia)
A Morte no Olhos
Local: Teatro SESC Iracema
Data: 15/05
Horário: às 20h
Ingresso: R$ 10,00 (inteira) e 5,00 (meia)
Na Outra Margem
Local: Hospital Universitário Walter Cantidio
Data: 16/05
Horário: 19h
Ingresso: entrada franca
Facebook: Trilogia Memórias
Email: trilogiamemorias@gmail.com
Texto: Joceval Santana (Assessor de Comunicação) - joceval.santana@gmail.com
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Ensaio Geral de A Morte Nos Olhos
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Vídeo-poema
Dinah Pereira