quarta-feira, 21 de setembro de 2011

TRILOGIA MEMÓRIAS estreia em Salvador

Depois da turnê nacional, os três espetáculos ocupam o Teatro ICBA e o Hospital das Clinicas, de 22 de setembro a 15 de outubro


www.flickr.com/photos/trilogiamemorias


Trilogia Memórias – Um Grito contra o Silêncio e o Esquecimento retorna de turnê nacional por cinco capitais brasileiras: Fortaleza , Aracaju , Recife , Porto Alegre e Curitiba. Um projeto vencedor do edital do Programa Eletrobras de Cultura. Inicia sua temporada na capital baiana contando com o apoio da CAPES - Pro Cultura e CNPQ.
Com textos assinados por Dinah Pereira, como resultado de um pós-doutorado na Universidade de Quebec, no Canadá, a trilogia aborda a questão da memória e da alteridade, através de processos narrativos e tendo como pano de fundo a ditadura militar no Brasil.
Os espetáculos A Memória Ferida (que conquistou o Prêmio Braskem de Teatro de 2009 de melhor texto), A Morte nos Olhos e Na Outra Margem têm direção de Lucas Modesto e são encenados pela Companhia Estupor de Teatro e atores convidados. A produção é da ContraRegra Produções.

A Morte no Olhos
Local: Teatro ICBA
Data: todas as quintas de 22 de setembro a 15 de outubro
Horário: 20h
Ingresso: R$ 10,00 (inteira) e 5,00 (meia)

A Memória Ferida
Local:
Teatro ICBA
Data: todas as sextas de 22 de setembro a 15 de outubro
Horário: 20h
Ingresso: R$ 10,00 (inteira) e 5,00 (meia)

Na Outra Margem
Local: Hospital das Clínicas
Data: todas os sabados de 22 de setembro a 15 de outubro
Horário: 19 hs
Ingresso: R$ 10,00 (inteira) e 5,00 (meia)

domingo, 29 de maio de 2011

Troca-troca na Rua da Cultura

Na quinta-feira (26/05), eu, Antonia Pereira, Coordenadora do projeto Trilogia Memórias, e Gil Teixeira - membro cofundador da Cia Estupor de Teatro - visitamos a sede do projeto Rua da Cultura e fomos recebidos por seu mentor e fundador Lindemberg Monteiro. Para uma plateia jovem, atenta e curiosa, composta de estudantes de circo e teatro, falamos da Cia. Estupor e do processo de criação dos espetáculos que apresentaríamos na capital Aracajú, no Centro de Criatividade (as montagens A Morte nos Olhos e A Memória Ferida) e no Hospital São Lucas (Na Outra Margem). A garotada ficou muito impressionada com o duplo status da companhia que congrega pesquisa acadêmica e produção de espetáculos para o mercado cultural; agrega profissionais de renome e amadores do teatro baiano; reúne alunos e professores de graduação e da pós-graduação em artes cênicas, numa empreitada que visa diminuir as dicotomias entre teoria e prática, o saber e o fazer artístico. Mas o alvo-rei das indagações e questionamentos foi mesmo o nosso tão explorado processo colaborativo, nosso pensamento cooperativista. Diante das inúmeras e sinceras questões, Gil Teixeira e eu transmitimos um pouco da nossa experiência e da nossa atual conduta artístico-profissional pautada no cooperativismo e colaboracionismo.

Antonia Pereira
Dramaturga, atriz e coordenadora do projeto Trilogia Memórias

terça-feira, 24 de maio de 2011

Carta à Cia. Estupor de Teatro


Foi uma sensação maravilhosa. Estranha. Antes, sem tocar nos méritos do espetáculo, amigos. Queridos. Saudades. Bom vê-los. Em cena. Encena? Tocá-los, abraçá-los, beijá-los, ouvi-los repetir os mesmos textos. Pretextos e subtextos. Vê-los em novos cortes de cabelo, cenários, medidas, figurinos. Vê-los de óculos, de franja, esbranquiçados, bonitos. Cansados, preocupados, tensos, bem ou mal humorados. Tê-los. Comigo, conosco. Em nossa nova casa. Nós, de casa nova. Eu a tentava reconhecer e ela me acolhia, mais uma vez. E eu a recebia, sempre.
Apeguei-me ao desapego. E vi, como um espectador comum que eu não era, o fruto, o produto, o trabalho que ajudei a construir. Aplausos. Aplausos? O espetáculo começou. Lindo. Panelas, paredes tecidas. Não cabe? Coube porque se soube trazer, fazer. Aplausos. Acabou. O primeiro. Diferente. Quase indiferente. Bem deferente.
Sorrisos de um sentimento de pretensa impertença. Se já não narro mais pelas significações, a memória me faz sentir, lembrar. Nos olhos, a morte para quem acredita, e viu, ser o passo para uma nova vida. Eu vi a hora de uma outra mãe te dar a luz. A memória ferida. A sua história. A minha história. E lá, na outra margem, eles acenavam para mim dizendo: obrigada... você também está aqui... então, o que achou?...
Achei a história narrada. Alteridade. Resgate, pela memória do esquecimento impossível quando se lembra através dos sentidos, do sentir.
Sim, são pessoas de teatro, do teatro. De apertar parafusos, esquecer textos, emocionar, perscrutar bilheteria, distanciar, fazer planos, projetos. Felizes, ainda, Aracaju, Recife, Porto Alegre, Curitiba. Receberão, com certeza, a nata da alma de quem ama, o profissional amador. Salvador. Estupor.

Carol Vieira
Fortaleza, 20 de maio de 2011

terça-feira, 10 de maio de 2011

Memórias, pelos atores



Memórias resignifica a vida numa poética que nos evoca um profundo encantamento... É uma realização estar aqui contando, vivendo, construindo esta história.

Sibelle Lélis
Atriz


A participação neste projeto é sem dúvida um grande aprendizado para mim. Posso afirmar o quanto é significativo poder, através da arte, pensar sobre a vida, rever certos posicionamentos, construir através de outras a minha própria história e dividir com pessoas tão diferentes todas essas vivências. É um grito que faz barulho e faz lembrar que somos capazes de lutar para construirmos nossas histórias.











Taiana Lemos
Atriz


Um projeto grandioso, desafiador, que foi encarado com a simplicidade do trabalho, da labuta, do exercício. A isso atribuo seu sucesso e por isso me sinto orgulhosa por fazer parte dessa equipe.
















Iara Villaça
Atriz


“Eu estou muito feliz de ter te encontrado aqui, nessa circunstância, onde agente pôde se falar”
















Bernardo D'el Rey
Ator











Karina de Faria
Atriz


“Trabalhar como atriz num processo de criação que prevê a montagem de um espetáculo exige sempre uma grande doação. De energia física, intelectual, emotiva e por vezes astral. No caso de uma trilogia, essa doação é ainda mais delicada e intensa, porque, sabe-se, há uma incompletude necessária a cada história e ao mesmo tempo uma busca pelo sentido de cada uma delas.
Mas “elas” são uma só, ou três dimensões de um caminho que já é, em si, tridimensional... como a vida de todos nós. A Memória Ferida, primeiro espetáculo em processo de montagem, traz para mim o desafio de uma atuação em “dois tempos”. Um, o agora, reflete uma calmaria que o Outro, o ontem, insiste em ameaçar. Trata-se de uma tensão ora aparente, ora transparente, mas sempre pulsante! Como pulsante é o texto de Dinah Pereira e o processo de criação, recheado de heterogeneidades humanas, entre elenco, diretor, equipe técnica e de produção... Eis que me sinto uma operária dos sentidos... uma poetisa do labor...


"Tem mais verdades. Outras verdades. Muitas verdades."










Gil Texeira
Ator