A Cia Estupor de Teatro se desdobra das investigações dramatúrgicas aos processos de encenação, suas metodologias e aplicações. Uma companhia teatral que desenvolve uma linha de pesquisa em teatro envolvendo alunos da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia, professores pesquisadores e artistas colaboradores
Foi fundada em 2003 por Antonia Pereira (Dinah Pereira), Pós-Doutora em Dramaturgia, coordenadora do Programa de Pós Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal da Bahia, juntamente com Carol Vieira, mestre em Artes Cênicas , com especialização em Direção Teatral e Teatro do Oprimido, unidas a Gil Teixeira, artista popular, com mais de vinte anos de carreira em teatro de rua, de bonecos e sombras.
Numa perspectiva teórica e prática, pesquisadora, mestranda estudante e artista popular, desempenham funções de dramaturga/atriz e diretora/atriz, respectivamente, e , estréiam o primeiro produto da companhia com o espetáculo Um Dia na Vida de Uma Enfermeira - a encenação dá-se pelo viés da técnica do Teatro-Fórum, técnica emblemática do Teatro do Oprimido de Augusto Boal. O Texto é do dramaturgo francês Armand Gatti.
Esta iniciativa integrava a pesquisa “O Papel do espectador Ator, da pessoa e da personagem, nas poéticas de Armand Gatti e Augusto Boal: um estudo teórico e prático”. O referido projeto teve duração de três anos e agregava alunos da graduação e da pós-graduação em artes cênicas, bem como integrantes outros da comunidade soteropolotana, constituindo o tripé Pesquisa-ensino e extensão.
Um Dia na Vida de Uma Enfermeira, sob direção de Carol Vieira, participou do XVII Festival de Teatro Educação do Estado de Santa Catarina em outubro de 2004. A Cia Estupor repousa seu interesse desde as investigações dramatúrgicas até os conseqüentes processos de encenação, dando continuidade ao seu trabalho apresenta os espetáculos:
Só o Faraó Tem Alma (2004)
O Futuro Está Nos Ovos - 2006 (Premio Braskem de revelação – melhor direção)
A Cia Estupor - que faz parte da Cooperativa Baiana de Teatro - foi contemplada, recentemente, pelo Edital Eletrobrás de Cultura 2010 que promove uma temporada itinerante por cinco capitais brasileiras apresentando a TRILOGIA MEMORIAS, que compreende montagens a partir dos textos A Morte Nos Olhos, A Memória Ferida e Na Outra Margem, em apresentações seqüenciadas de sexta a domingo, em cada capital.
Este último projeto de pesquisa torna-se o “carro chefe da companhia”, trata-se de uma pesquisa que une dramaturgia e encenação teatral através da exploração cênica das diversas possibilidades e utilidades da narrativa. A encenação da trilogia citada anteriormente, dá vida ao Projeto Memórias através de um processo colaborativo regido pelo diretor Lucas Modesto e coordenado por Dinah Pereira.
